O setor de serviços avançou 0,9% em março, na comparação com o mês anterior, e fechou o primeiro trimestre de 2023 com alta de 5,8% frente igual período de 2022, mostram dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No acumulado dos últimos 12, o setor responsável por 70% do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — cresceu 7,4%, o menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%). O resultado corresponde à 25ª taxa positiva consecutiva na base de comparação.
Assim como em fevereiro, o setor de transporte se destacou como a principal influência positiva em março. O grupamento cresceu 3,6%, acumulando um ganho de 7% nos últimos dois meses. “A alta foi puxada principalmente pelo transporte de cargas, que avançou 4,7% no período enquanto o transporte de passageiros recuou 3,3% na comparação com o mês anterior”, explica Luiz Almeida, analista da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços).
No indicador especial de transportes por tipo de uso, o destaque positivo em março de 2023 foi volume de transporte de carga, que expandiu 4,7%, acumulando ganhos de 7,7% nos dois últimos meses após a perda (-2,7%) em janeiro. Com a alta, o segmento atinge o ponto mais alto da série, anteriormente apresentado em agosto de 2022. A atividade está 39,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Por outro lado, o transporte de passageiro registrou queda de 3,3% na passagem de fevereiro para março, após avanço de 2,4%. O segmento se encontra 1% acima do nível pré-pandemia e 22% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrada em fevereiro de 2014.
Outras duas atividades também avançaram em volume no mês de março: serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 2,6% e o serviços de informação e comunicação, com variação de 0,2%. Pelo lado das quedas, destacam-se serviços prestados às famílias (-1,7%) e os outros serviços (-0,6%).
O índice de atividades turísticas teve variação de 0,1% frente a fevereiro, quando registrou queda de 1,3%. O segmento está 1,4% acima do patamar pré-pandemia e 5,9% abaixo do ponto mais alto da série, registrado em fevereiro de 2014.
Fonte:R7