Trabalho, consultas com veterinário e lazer: veja como funciona o canil da Polícia Militar de São Paulo
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Fofos, responsáveis e trabalhadores: os cães são essenciais para o trabalho da polícia, principalmente pelo seu faro. Em quatro anos, mais de 31 toneladas de drogas foram apreendidas com a ajuda desses animais. Mas nem tudo se resume a trabalho. No canil da Polícia Militar de São Paulo, eles passam diariamente por avaliação com o veterinário antes de saírem para patrulhamento, têm momentos de lazer e muitos ainda têm uma relação de admirar com o seu condutor
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Os cães passam os primeiros dois anos de vida em treinamento para o trabalho nas ruas, mas, mesmo após esse período, o policial condutor ainda faz algumas atividades para mantê-los na "ativa". O R7 acompanhou uma simulação de identificação de uma pessoa suspeita. O condutor o segura para que ele não avance, e os demais policiais fazem a abordagem
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Essa simulação foi feita com Machi, de 4 anos, da raça pastor-belga malinois, uma das estrelas do canil da polícia. O condutor dele, o cabo Costa Silva, diz que o cachorro é superprofissional, proativo e bravo quando precisa ser, mas é "mansinho"
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Mesmo no treinamento, foi possível perceber que Machi não estava de brincadeira. A pessoa que simulou ser um infrator era conhecido e amigo do cão. Mas, naquele momento, o animal "virou a chave" e o viu como alguém que precisava ser detido
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
O cabo Costa Silva conta que Machi veio da Europa, comprado pela Polícia Militar para ajudar nos serviços. "Foi um mês fazendo o manejo para ver quais batiam com o perfil do condutor e, quando conheci o Machi, percebi que ele era proativo, tem controle no adestramento, e escolhi ele", conta
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Todo cachorro policial só pode trabalhar até os 10 anos de idade. Após sua aposentadoria, Machi será adotado pelo seu condutor. "Não tenho nem palavras para explicar a minha relação com ele", menciona o cabo
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Fora a relação que os animais têm com os condutores, no canil eles precisam passar diariamente por consulta com o veterinário antes de saírem para o trabalho. O veterinário e policial militar Arruda é o responsável por atender os animais, tanto no canil de São Paulo quanto nos do interior do estado. "O próprio condutor pode identificar alguma alteração e nos avisar na inspeção diária, e a gente mesmo constata alguma coisa ou não. A maioria é bem saudável", revela
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Gladios, que aparece na imagem, tem 1 ano e 11 meses e ainda está em treinamento. A primeira coisa que ele faz ao entrar na sala do veterinário é subir na balança para a pesagem
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Os cachorros podem ser selecionados para trabalhar na corporação de três formas:
· podução própria: quando os machos cruzam com as fêmeas que já atuam no trabalho policial e os filhotes são estimulados a fazer as tarefas estipuladas pela corporação;
· doação: qualquer pessoa pode doar o filhote, a partir dos 4 meses de vida, para ajudar no trabalho policial;
· compra: como no caso de Machi, a própria corporação compra os cachorros, geralmente das raças mais bem avaliadas para o trabalho para integrar a equipeEdu Garcia/R7 - 19.05.2023
Entretanto, segundo o PM Arruda, que é o veterinário responsável por esses cães, depois de certo tempo de treinamento, pode ser constatada a falta de capacidade do animal para trabalhar com a polícia. Segundo ele, "isso é normal", como nem todos os seres humanos podem também se adaptar a certos trabalhos
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Para os agentes entrevistados pela reportagem, um dos principais desafios do cão policial é atuar constantemente em comunidades, geralmente locais de difícil acesso. Em algumas operações, os cachorros podem se machucar com cortes leves, principalmente nas patas, mas são socorridos pelo veterinário rapidamente. O PM Arruda conta que há sempre alguém de plantão para atendê-los
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Além do trabalho, relacionamento com os condutores e cuidado com a saúde, o canil da PM, localizado na zona norte de São Paulo, conta com uma ampla área verde e, antes ou depois do serviço, os cachorros são soltos para curtir um pouco a natureza
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Os condutores também tentam aproveitar esse momento de lazer com os cães. No local, há ainda uma pequena piscina para que os animais possam se divertir
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Nessa foto, é possível ver o momento em que Hera, de 1 ano e 3 meses, cheira todos os buracos do painel para localizar a droga
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Quando os cães encontram o entorpecente, eles sentam ou deitam no local para indicar que há algo estranho na região e que o seu condutor precisa averiguar. Nessas situações, o policial responsável pelo animal o presenteia com um brinquedo
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
Os policiais entrevistados não têm dúvidas sobre a importância do trabalho desses animais para a polícia. "Apesar da alta tecnologia, não há ferramenta que faça o que o cachorro faz", afirma o tenente Febrônio, que é responsável pelo canil. No local, há um total de 64 cães, levando em conta alguns animais do interior que estão lá para receber atendimento veterinário. Localizar drogas, corpos, pessoas desaparecidas e explosivos estão entre seus principais trabalhos
Edu Garcia/R7 - 19.05.2023
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