Kim Jong-un pode disparar míssil intercontinental em protesto à cúpula trilateral nos EUA

 



A Coreia do Norte, comandada pelo ditador Kim Jong-Un, pode lançar um míssil balístico intercontinental ou realizar outra ação militar para protestar contra uma cúpula entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, disse um parlamentar sul-coreano nesta quinta-feira (17), citando a agência de inteligência do país.

O presidente dos EUA, Joe Biden, receberá em Camp David, nesta sexta-feira (18), o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na esperança de estreitar os laços entre Seul e Tóquio em meio a ameaças nucleares da Coreia do Norte em um momento em que a influência regional da China está crescendo.

A Coreia do Norte tem criticado o aprofundamento da cooperação militar dos três países como parte de um prelúdio perigoso para a criação de uma "versão asiática da Otan".

O país recluso também pode tentar outro lançamento de satélite espião no fim de agosto ou no início de setembro, depois que seu primeiro esforço falhou em maio, disse Yoo Sang-bum, membro do Parlamento sul-coreano, a repórteres.

Falando após uma reunião com o chefe do Serviço Nacional de Inteligência, Yoo disse que havia uma chance de o Norte lançar o satélite ao comemorar seu aniversário de fundação, em 9 de setembro.

Kim Jong-un estabeleceu como prioridade realizar um lançamento no segundo semestre deste ano, acrescentou Yoo.

Coreia do Norte e a Rússia concordaram em uma ampla cooperação de defesa quando o ministro da Defesa russo se encontrou com Kim no mês passado e assistiu a um desfile militar com ele na capital, Pyongyang, segundo Yoo, citando a inteligência sul-coreana.

"O Serviço Nacional de Inteligência está antecipando que a Rússia e a Coreia do Norte vão acelerar sua cooperação de defesa e está rastreando de perto os movimentos para detectar qualquer possível transferência russa de tecnologia de mísseis nucleares para a Coreia do Norte", acrescentou.

Autoridades russas parecem ter visitado a Coreia do Norte neste mês para discutir detalhes da cooperação militar, e a Coreia do Sul detectou sinais de suprimentos militares sendo enviados de Pyongyang em um avião russo em 8 de agosto, disse ele.