Consumo das famílias tem oitava alta seguida no segundo trimestre, diz IBGE

 




O consumo das famílias cresceu 0,9% no segundo trimestre deste ano, na oitava alta seguida. A última queda registrada foi em 2021 (-1,3%).

Por sua vez, as despesas do governo brasileiro se expandiram 0,7%, na quarta variação positiva trimestral.

A economia nacional cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023.

Os dados fazem parte do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Do lado positivo, o mercado de trabalho vem melhorando constantemente, há o crescimento do crédito e várias medidas governamentais, como incentivos fiscais, vide redução de preços de automóveis, e os reajustes nos programas de transferência de renda, notadamente o Bolsa Família", explica a coordenadora do levantamento, Rebeca Palis.

Por outro lado, ela ressalta que os altos juros e níveis de endividamento das famílias ainda atrapalham o lado da demanda.

"Os juros seguem altos, o que dificulta o consumo de bens duráveis, e as famílias continuam endividadas porque, apesar do programa de renegociação de dívidas, elas levam um tempo para se recuperar”, diz Rebeca.

Ela se refere ao Desenrola Brasil. A previsão do próprio governo Lula é que o programa beneficie, ao todo, até 70 milhões de endividados.

Nesse sentido, a taxa de poupança também caiu: passou de 18,4%, no segundo trimestre do ano passado, para 16,9%, no mesmo período deste ano.

“Esse resultado era esperado e já acontece desde o primeiro trimestre. Durante a pandemia, houve aumento porque as famílias de maior renda, por não poderem consumir certos serviços, pouparam esse dinheiro excedente. Com a normalização da demanda e oferta dos serviços, a taxa de poupança caiu”, explica a coordenadora.

Fonte:R7