A prévia da inflação oficial de preços ganhou força e subiu 0,35% em setembro, variação superior ao avanço de 0,28% apurado no mês passado, segundo dados revelados nesta terça-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A aceleração foi guiada pelo salto de 5,18% no preço da gasolina, subitem com o maior impacto individual no índice determinante para a alta de 2,02% do grupo de transportes. O valor do óleo diesel, por sua vez, disparou 17,93%. As duas altas ocorrem após reajustes anunciados pela Petrobras.
Quanto aos demais combustíveis (aumento de 4,85%), o gás veicular (0,05%) também apresentou alta, enquanto o etanol (-1,41%) registrou queda no preço. Após o recuo de 11,36% em agosto, houve alta de 13,29% no preço das passagens aéreas em setembro.
Ainda no grupo de transportes, a alta do táxi (0,19%) deve-se ao reajuste de 20,19% nas tarifas a partir do dia 24 de julho em Fortaleza (5,54%). Em ônibus intermunicipal (1,05%), houve reajuste de 12,9% em Salvador (8,08%), a partir de 10 de agosto, e de 6% em Porto Alegre (1,09%), a partir de 1º de agosto.
Com o resultado, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) agora acumula alta de 5% nos últimos 12 meses e fura a meta perseguida pelo governo. No ano, a variação é de 3,74%.
O grupo com os itens de alimentação e bebidas seguiu novamente na contramão do resultado geral e apresentou deflação de 0,77%, queda influenciada pela redução dos preços da alimentação no domicílio (-1,25%), a exemplo dos três meses anteriores.
Destaca-se a queda de preço da batata-inglesa (-10,51%), da cebola (-9,51%), do feijão-carioca (-8,13%), do leite longa vida (-3,45%), das carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). Por outro lado, o arroz (2,45%) e as frutas (0,4%) subiram de preço, com destaque para o limão (+32,2%) e para a banana-d’água (4,36%).
A alimentação fora do domicílio (+0,46%) apresentou alta maior do que a apurada em agosto (+0,22%). No mês, foram registradas altas no lanche (0,74%) e na refeição (0,35%). Em agosto, as variações desses subitens haviam sido de 0,14% e 0,35%, respectivamente.
O aumento de 0,3% do grupo de habitação foi motivada pelo encarecimento das tarifas de energia elétrica residencial (+0,66%). A elevação surge em meio ao reajuste de 9,4% das contas de luz em Belém (PA), que começou a valer no dia 15 de agosto.
A alta da taxa de água e esgoto (0,12%) decorre do reajuste de 5,02% em Brasília (2,76%), a partir de 1º de agosto. Por outro lado, a queda em gás encanado (-0,46%) é consequência de reduções tarifárias em duas áreas de abrangência: em Curitiba (-1,47%), redução de 2,23%, a partir de 4 de agosto; e no Rio de Janeiro (-0,84%), redução média de 1,7%, a partir de 1º de agosto.
Fonte:R7