'Sai de hoje para amanhã e todos ficarão felizes', afirma Dino sobre reforma ministerial

 




O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira (5) que a reforma ministerial que está sendo negociada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a fim de abrir espaço ao centrão, deve ser finalizada até quarta-feira (6). "Sai de hoje para amanhã. Todos ficarão felizes", declarou Dino durante uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.

As negociações em torno da reforma ministerial ocorrem há meses. O primeiro anúncio formal por parte do governo, realizado no início de agosto, foi de que os deputados federais André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) serão os novos ministros. A falta de consenso sobre quais pastas eles vão assumir tem atrasado o anúncio presidencial. Diversos desenhos foram feitos durante as conversas.

A opção que ganhou mais força até o momento é Fufuca chefiar o Ministério do Esporte, atualmente comandado por Ana Moser. Inicialmente ela seria demitida e, depois, nomeada para uma agência do tema ou um mecanismo internacional. Já Costa Filho iria comandar o Ministério dos Portos e Aeroportos, chefiado por Márcio França. O atual titular seria transferido para outra pasta.

Uma das possibilidades é França assumir o Ministério da Ciência e Tecnologia, ocupado atualmente por Luciana Santos, ou o Ministério de Pequenas e Médias Empresas, que ainda será criado. O presidente cogita também realocar Luciana no Ministério das Mulheres, chefiado por Cida Gonçalves, que deixaria o governo. Segundo fontes, Lula ainda não bateu o martelo.

Mais cedo, o presidente admitiu a troca na Esplanada dos Ministérios para abrir espaço aos partidos do centrão. "É sempre muito difícil você chamar alguém para dizer: 'Olha, vou precisar do ministério porque fiz acordo com um partido político e preciso atender'. Mas essa é a política", afirmou o presidente durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

De acordo com Lula, a reforma ministerial pode ajudar a construir uma maioria mais confortável no Congresso Nacional. "O governo tem propostas importantes para passar no Congresso Nacional. Os deputados não são obrigados a votar no governo porque o governo mandou. Precisamos construir maioria. Uma maioria para dar tranquilidade ao governo nas mudanças que precisamos fazer para aprovar determinadas coisas e para não permitir que coisas que sejam indigestas sejam aprovadas", completou.

Fonte:R7