O Distrito Federal deve registrar 1.030 casos de câncer de mama em 2023. No Brasil, a estimativa é que mais de 73 mil casos sejam registrados ao longo do ano, com uma taxa de 66,54 casos por 100 mil mulheres. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil.
O câncer de mama é o mais incidente no país entre as mulheres de todas as regiões. Ele representa 30,1% dos casos de câncer, seguido pelo de cólon e reto, com 9,7%; colo do útero, 7%; traqueia, brônquios e pulmão, com 6%; e glândula tireoide, com 5,8%.
Como forma de reduzir a incidência da doença no DF, a Secretaria de Saúde (SES-DF) implementou, em maio deste ano, estratégias para diminuir as filas de espera de mamografia. De abril a junho, a capacidade mensal de exames passou de 2.384 para 6.078, um aumento de aproximadamente 155%. No início de setembro, a lista de espera para mamografia, que antes era de 14 mil mulheres, estava com 2.800 pacientes.
“É um direito legal das pacientes terem acesso à mamografia, por isso, a redução da fila foi muito importante para garantir o acesso das mulheres ao exame de forma rápida, possibilitando a detecção precoce dos tumores”, reforça o médico Flávio Lúcio Vasconcelos, referência técnica distrital de mastologia.
Se detectado de forma precoce, o câncer de mama tem 90% de possibilidade de cura. Anualmente, a campanha Outubro Rosa ressalta a importância de as mulheres estarem atentas aos sinais, além de fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para a prevenção, o diagnóstico precoce e o rastreamento da doença.
“A mamografia é o único exame que reduz em torno de 25% a mortalidade por câncer de mama, por isso, a gente sempre ressalta quão importante é as mulheres o realizarem periodicamente. A recomendação é que, a partir dos 50 anos, elas façam o exame anualmente”, ressalta Vasconcelos.
Por terem maior risco, as pacientes com histórico familiar da doença devem começar o rastreamento mais cedo, aos 35 anos.
O Distrito Federal possui 11 mamógrafos, instalados no seguintes locais:
• Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib);
• Hospital de Base, no Hospital Universitário de Brasília (HUB);
• Centro Especializado em Saúde da Mulher (Cesmu);
• Hospital Regional da Asa Norte (HRAN);
• Hospital Regional de Santa Maria (HRSM);
• Hospital Regional de Samambaia (HRSam);
• Hospital Regional do Gama (HRG);
• Hospital Regional de Ceilândia (HRC);
• Hospital Regional de Taguatinga (HRT);
• Hospital Regional de Sobradinho (HRS).
Segundo o Inca, os principais sinais e os sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
A campanha Outubro Rosa foi criada no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço cor-de-rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, de lá para cá, promovida anualmente.
O período é celebrado no Brasil e no exterior com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença.
Fonte:R7