Saiba de que forma atualidades sobre clima e tecnologia podem cair no Enem, na Unicamp e na Fuvest

 






A maratona de vestibulares começa já neste mês: a Unicamp marcou a primeira fase para o dia 29. Em novembro, tem Enem nos dias 5 e 12 e Fuvest no dia 19. E, às vésperas desses exames, surge a dúvida sobre quais atualidades podem cair nas provas. 

O professor Ademar Celedônio, diretor de ensino e inovações do SAS Plataforma de Educação, lembra que os testes são elaborados no primeiro semestre, então acontecimentos muito recentes já não estarão presentes nas questões.

“Por exemplo, quando houve a crise da Covid-19, três anos atrás, o Enem não trouxe nenhuma pergunta sobre o tema nas provas de 2020 nem de 2021. A pandemia só passou a ser questionada em 2022”, afirma.

Já novas tecnologias, como inteligência artificial e ChatGPT, poderão ser citadas em uma abordagem mais ampla sobre seu impacto no dia a dia. Poderiam estar dentro das questões de sociologia, sobre o mundo do trabalho.

“Os assuntos que forem cair no Enem, de algum modo, serão abordados de maneira macro. Por exemplo: em vez de os enunciados tocarem somente no assunto dos incêndios florestais, o Enem vai abordar o aquecimento global como um todo,” diz Celedônio.

Magna Celene Parreiras de Assis, coordenadora de segmentos do grupo educacional Salta, cita outro exemplo de como as mudanças climáticas podem aparecer nas questões de ciências humanas ou da natureza: "O estudante pode ter que analisar um gráfico sobre o desmatamento na Amazônia, como aconteceu na prova do Enem em 2008, e ainda fazer uma redação sobre o efeito do desmatamento na crise do clima do planeta”.

Logo, são assuntos que podem cair nesses testes:

Em sociologia:
• ChatGPT/inteligência artificial
• Crise sanitária no território yanomami

Em história:
• Posse do presidente Lula
• Guerra russo-ucraniana

Em geografia:
• Incêndios florestais ao redor do mundo.

Já os vestibulares mais tradicionais, como a Fuvest e a Unicamp, têm outro tipo de abordagem, que é a teoria clássica. Por não precisarem testar a teoria de resposta ao item com antecedência, eles conseguem trazer eventos mais recentes em seu conteúdo.

“Quando falamos das diferenças entre as provas, consideramos a Fuvest mais conteudista, o que significa que os alunos vão encontrar perguntas mais analíticas e questões mais diretas, com enunciado de uma linha, fazendo com que o candidato responda sem apoio de contexto,” explica Celedônio.

“Já a Unicamp é muito mais contextualizada e interdisciplinar, embora as questões de matemática sejam mais convencionais, sem a contextualização, que é tão frequente no Enem”, completa o professor.

Fonte:R7