A Justiça de São Paulo julgou culpado, na noite da última quarta-feira (23), Vanderlei Meneses pelo assassinato da sócia e ex-companheira Lucilene Ferrari. Quatro anos após o desaparecimento da vítima, o empresário foi condenado a 56 anos e 4 meses de prisão.
Além do crime de homicídio qualificado com agravante por motivo fútil, Vanderlei também foi julgado culpado por feminicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de testemunha.
O caso causou comoção, e a empresária foi considerada desaparecida por aproximadamente dois anos. Ela sumiu em uma véspera de Natal — 24 de dezembro de 2019 —, e partes de seu corpo foram encontradas apenas em 2021 em área rural de Porto Ferreira, próxima a Pirassununga.
Um cão pertencente a trabalhadores rurais localizou o corpo em uma pequena cova coberta com cimento e cal, e a polícia foi chamada. Após a análise da arcada dentária e exames de DNA, ficou comprovado que se tratava do corpo da empresária.
Lucilene tinha um hotel na região, e Vanderlei era seu sócio. A empresária suspeitava que o companheiro desviava dinheiro do empreendimento, segundo a investigação.
Após o desaparecimento, Vanderlei alegou que a empresária estaria viva. Ele foi detido, solto e, depois, preso de forma definitiva em 2022, quando o corpo de Lucilene foi encontrado. O suspeito havia se mudado para o estado de Goiás.
Segundo a polícia, na época ele negou qualquer participação no crime.
No julgamento, foram ouvidas testemunhas, entre pessoas indicadas pela defesa e pela acusação. Vanderlei está preso em Itumbiara e participou do julgamento de forma virtual.