Haddad comemora alta do PIB e diz que 'temos bom espaço para crescer' em 2024

 



ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou a alta do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado e afirmou que existe um "bom espaço para crescer" neste ano de 2024. A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, impulsionada pelo resultado recorde da agropecuária, segundo dados divulgados nesta nesta sexta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"Olhando para a inflação e olhando para mercado de trabalho, todas as variáveis, nós temos um bom espaço para crescer neste ano, se nós continuarmos, o Congresso ouvindo a Fazenda, negociando os projetos para ir corrigindo as contas públicas que estavam totalmente desorganizadas. Organizando as contas públicas de um lado, e a política monetária atuando na mesma direção, nós temos condição de manter a projeção de 2,2% de crescimento nesse ano. Tem gente já falando em mais, mas estamos sendo comedidos nas nossas projeções", destacou Haddd.

"Na verdade, fazendo um retrospecto do ano passado, o PIB veio bem acima do esperado. Nós esperávamos um PIB superior a 2%", disse. "Então fechar em 2,9% é bastante positivo para o Brasil. Passa para o mercado nacional e internacional, para os cidadãos e empresários, uma confiança na economia brasileira. Nós continuamos mantendo a projeção de 2,2% para esse ano", completou.

Em valores finais, o PIB  — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — produziu R$ 10,9 trilhões no ano passado, acima dos R$ 9,9 trilhões de 2022. O resultado da agropecuária foi puxado pelos desempenhos recordes da produção de soja e milho. Entre os setores, também houve crescimento na Indústria (1,6%), puxada pelo segmento de petróleo e gás, e em Serviços (2,4%), graças às atividades financeiras e seguros.

Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022. Trata-se de uma média de geração de riquezas por pessoas no Brasil, a partir de tudo o que é produzido no país em todos os setores da economia. Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,1% em relação a 2022. Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real, além do arrefecimento da inflação.

Ranking

resultado do PIB colocou o país em 6º lugar em um ranking com nações do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O Brasil ficou à frente dos Estados Unidos e da França e atrás de países emergentes, como China, Índia e México. O levantamento foi feito pela Secretaria de Política Econômica, órgão do Ministério da Fazenda, que levou em consideração os 15 países do G20 que divulgaram o resultado do PIB até o momento.

Na primeira posição, aparece a Índia, com crescimento de 7,6% em 2023, seguida da China, com 5,2% e Indonésia, 5,1%. Em seguida, aparecem Turquia (4,5%) e México (3,2%). Em sétimo lugar, atrás do Brasil, vem a Coreia do Sul, com alta de 2,6%. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, apresentaram crescimento de 2,5% e ficaram na oitava posição. Logo após, aparecem Japão (1,9%), Canadá (1,1%), França (0,9%), Itália (0,7%) e Reino Unido (0,1%). Nas duas últimas posições, vêm Alemanha e Arábia Saudita, com retrações de 0,3% e 0,9%, respectivamente.

Fonte:R7