Número de nascimentos cai pelo quarto ano seguido, e quantidade de mortes também registra queda

 




O Brasil registrou 1,52 milhão de óbitos em 2022. O número é 15% menor (-281 mil mortes) em relação ao ano anterior, auge da pandemia de Covid-19, quando foram registradas 1,7 milhão de mortes, o maior valor desde o início da série histórica, em 1974. Apesar da queda, o valor ainda é superior ao de 2019, último ano pré-pandemia, quando houve 1,31 milhão de óbitos.

As informações divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) integram as Estatísticas do Registro Civil.

A diminuição acompanhou o recuo das mortes ocasionadas pela pandemia e a ampliação do número de pessoas que completaram o esquema vacinal.

Em 2020, o número de óbitos já havia chegado ao seu patamar mais elevado (cerca de 1,5 milhão). Com a continuidade da pandemia, o número de óbitos em 2021 teve aumento superior ao observado em 2020.

Na comparação com 2019, a alta foi de 187 mil mortes (+14,2%). Em 2022, os meses que apresentaram maior queda relativa no número de óbitos ocorridos foram março (-41,4%, o correspondente a 83 mil óbitos) e abril (-40,2%, 76 mil mortes).

O IBGE lembra que o início de 2022 foi marcado pela terceira onda da pandemia de Covid-19 no Brasil, provocada pela variante ômicron, além de uma epidemia de influenza A, também responsável pelo aumento das mortes entre idosos no período.

Nascimentos

O número de nascimentos, por sua vez, também registrou queda. Foram 2,6 milhões de registros em 2022, 3,5% a menos (-93 mil) do que em 2021. Este é o quarto ano consecutivo de recuo na série histórica.

A queda nos registros foi superior à média nacional nas regiões Nordeste (-6,7%) e Norte (-3,8%), e inferior nas regiões Sudeste (-2,6%), Centro-Oeste (-1,6%) e Sul (-0,7%).

Entre os estados, a Paraíba apresentou a maior queda (-9,9%), seguida pelo Maranhão (-8,5%), Sergipe (-7,8%) e Rio Grande do Norte (-7,3%). Santa Catarina (2,0%) e Mato Grosso (1,8%) foram os únicos estados que apresentaram aumento de registros de nascimentos.

Quanto ao mês de nascimento das crianças registradas, a maior frequência de nascimentos ocorreu no mês de março (233 mil), seguido pelo mês de maio (230 mil). Já outubro foi o mês com o menor número de nascimentos (189 mil).

"A redução da natalidade e da fecundidade no Brasil, sinalizada pelos últimos Censos Demográficos, somada, em alguma medida, aos efeitos da pandemia são elementos a serem considerados no estudo sobre a evolução dos nascimentos ocorridos no país nos últimos anos", diz o IBGE.

O estudo mostra que, apesar de a maior quantidade de nascimentos ocorre entre mães na faixa de 20 a 29 anos de idade, o percentual de nascimentos vindos desse grupo etário diminuiu de 53,1%, em 2010, para 49,2%, em 2022.

Fonte:R7