A economia brasileira cresceu 2,9% em 2023, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (1º), resultado que colocou o país em 6º lugar em um ranking com nações do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, que já divulgaram os resultados econômicos. O Brasil ficou à frente dos Estados Unidos e da França e atrás de países emergentes, como China, Índia e México.
O levantamento foi feito pela Secretaria de Política Econômica, órgão do Ministério da Fazenda, que levou em consideração os 15 países do G20 que já divulgaram o resultado do PIB até o momento.
Na primeira posição, aparece a Índia, com crescimento de 7,6% em 2023, seguida da China, com 5,2% e Indonésia, 5,1%. Em seguida, aparecem Turquia (4,5%) e México (3,2%).
Em sétimo lugar, atrás do Brasil, vem a Coreia do Sul, com alta de 2,6%. Os Estados Unidos, maior economia do mundo, apresentaram crescimento de 2,5% e ficaram na oitava posição. Logo após, aparecem Japão (1,9%), Canadá (1,1%), França (0,9%), Itália (0,7%) e Reino Unido (0,1%).
Nas duas últimas posições, vêm Alemanha e Arábia Saudita, com retrações de 0,3% e 0,9%, respectivamente.
O PIB brasileiro foi impulsionado pelo resultado recorde da agropecuária, setor que teve alta de 15% no ano passado na comparação com 2022.
Em valores finais, o índice, que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, produziu R$ 10,9 trilhões no ano passado, acima dos R$ 9,9 trilhões de 2022.
O resultado da agropecuária foi puxado pelos desempenhos recordes da produção de soja e milho. Entre os setores, também houve crescimento na Indústria (1,6%), puxada pelo segmento de petróleo e gás, e em Serviços (2,4%), graças às atividades financeiras e seguros.
Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022. Trata-se de uma média de geração de riquezas por pessoas no Brasil, a partir de tudo o que é produzido no país em todos os setores da economia.
Pelo lado da demanda, o consumo das famílias subiu 3,1% em relação a 2022. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, o resultado foi influenciado pela melhora das condições do mercado de trabalho, com aumento da ocupação, da massa salarial real, além do arrefecimento da inflação.
“Os programas de transferência de renda do governo colaboraram de maneira importante no crescimento do consumo das famílias, especialmente em alimentação e produtos essenciais não duráveis.”, afirmou.
O setor de serviços, que representa quase 70% da economia brasileira, teve crescimento em todas as atividades, com destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados à intermediação (6,6%). “As empresas seguradoras tiveram um ganho comparando os prêmios recebidos em relação aos sinistros pagos”, explica Rebeca.
Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das indústrias extrativas, com alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro. Destaque também para eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.
No quarto trimestre, a indústria cresceu 1,3%, com destaque para a alta nas indústrias extrativas (4,7%), na construção (4,2%) e na atividade eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as indústrias de transformação apresentaram variação negativa de 0,2% no período.
Fonte:R7