Depois de mais de 2 h de depoimento, Mauro Cid deixa PF

 




Depois de mais de duas horas de depoimento, o tenente-coronel Mauro Cid, deixou a Polícia Federal, por volta de 13h20. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi levado de volta ao Batalhão do Exército. A equipe do R7 estava no local no momento que uma viatura camuflada do Exército parou em frente a equipe de imprensa para dá cobertura ao carro de Cid. Na pressa, o carro chegou a bater em uma cancela da sede da PF e entortar o equipamento, que foi consertado depois pelo porteiro do edifício.

A oitiva faz parte do inquérito das joias recebidas por Bolsonaro e sua esposa, Michelle. De acordo com fontes ouvidas pela RECORD, trata-se apenas de confirmações de informações já prestadas por Cid. O tenente-coronel foi deslocado do batalhão do Exército, onde está preso, para a sede da Polícia Federal em Brasília, de onde fala com os agentes por videoconferência, já que os policiais estão nos Estados Unidos investigando a tentativa ilegal de venda das joias. A corporação pretende encerrar o inquérito até maio.

Em 26 de março, o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai de Mauro Cid, prestou depoimento à Polícia Federal. O militar também é investigado pela suspeita de vender joias e presentes oficiais recebidos pelo casal Bolsonaro. Em agosto de 2023, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em uma operação de combate a crimes de peculato e lavagem de dinheiro ligados ao caso das joias recebidas por Bolsonaro e sua esposa, Michelle. O general foi um dos alvos.

De acordo com a PF, pai e filho teriam utilizado “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues em missões oficiais por autoridades estrangeiras a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior”. A Polícia Federal identificou o rosto do general no reflexo de uma foto utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Em 22 de março, o tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido pelo STF sobre o áudio vazado em que ele fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes. No material, o militar alegou ter sido coagido pelos investigadores da PF. O tenente-coronel voltou a ser preso após o depoimento. Desde então, os benefícios da delação estão sob análise e podem ser rescindidos. O depoimento ao STF durou cerca de meia hora e o tenente-coronel chegou a desmaiar durante a oitiva.


Fonte:R7