CORREDORES DE ESCOLA: ONDE O DESTINO DOS PROFESSORES SE ENCONTRA COM O MILAGRE DO COTIDIANO





CORREDORES DE ESCOLA: ONDE O DESTINO DOS PROFESSORES SE ENCONTRA COM O MILAGRE DO COTIDIANO


Ser professor não é apenas uma profissão; é um chamado, um dom que pulsa no peito. Não existe meio-termo: ou se ama intensamente, ou se sente o peso do desafio.


Os corredores da escola são testemunhas silenciosas das nossas rotinas apressadas. Quantas vezes atravessamos esses espaços correndo, com livros quase caindo das mãos, olhos fixos no relógio, tentando vencer o tempo entre uma aula e outra, buscando alunos, materiais, respostas… Sempre na pressa, sempre no limite.


Mas, por trás desse vai e vem incessante, existem dias em que o cansaço pesa mais, em que os problemas de casa insistem em nos acompanhar, em que o sorriso é apenas uma máscara para esconder as dores e preocupações que nos assombram. E, de repente, nesse mesmo corredor, um aluno – às vezes nem da sua turma – surge e te abraça, sem motivo aparente. Um gesto simples, mas que carrega uma força inexplicável, quase divina. É como se, naquele instante, Deus dissesse: “Continue, você faz a diferença.”


Lecionar para crianças é mergulhar no extraordinário, é se reinventar a cada dia. Não existe neutralidade: ou é amor, ou é ausência de sentido. Ou se tem o dom, ou a missão se torna impossível. E, nos corredores da escola, aprendemos que, mesmo nos dias mais difíceis, um simples abraço pode reacender a esperança e nos lembrar do verdadeiro sentido de educar.

💡Por jornalista/professor: Sérgio Pinheiro💡