Estou recuperado da Covid-19. E agora?






Infectologista do Grupo São Francisco orienta sobre os cuidados necessários após alta da doença
A superação dos casos de contaminação da Covid-19 exige um processo de recuperação lenta após o período de internação e, principalmente, a manutenção dos cuidados de prevenção, até mesmo depois da alta médica.
De acordo com a médica Silvia Fonseca, infectologista do Grupo São Francisco - que faz parte do Sistema Hapvida, as atividades devem ser retomadas de forma gradual. "Os pacientes que precisaram de internação passaram por um quadro mais grave e devem retornar aos poucos as atividades normais, além de continuarem com acompanhamento médico que pode ser até por telemedicina. É importante analisar caso a caso, devido à inflamação do pulmão. Essas pessoas devem ficar em casa não porque sejam contaminantes, mas porque estão se recuperando de uma doença grave, que atinge um órgão vital do corpo humano. E o processo completo de recuperação é lento", conta.
Mas, alguém pode transmitir o novo coronavírus depois de realizado todo tratamento e confinamento? A infectologista ressalta que não existe potencial sobre a transmissão nesse sentido, uma vez que o processo ocorre durante os primeiros dez dias após o surgimento da doença.
"Do ponto de vista de transmissão sabemos que a Covid-19 é mais transmissível em um período pouco antes de apresentar os sintomas e até 10 dias após o surgimento dos primeiros sinais. Passado o período de 10 dias e não havendo mais o estado febril em 72 horas, a pessoa não transmite mais a doença", explica Silvia.
E sobre as medidas de prevenção? A infectologista aponta que os cuidados devem ser feitos por todos - independentemente se houve ou não a contaminação. "A regra é a mesma para todos! Dentro dos 10 dias ou diante de febre, que é o período de transmissão, é importante usar máscara o tempo todo. Outra dica importante é que a pessoa tenha seus próprios talheres e separe sua roupa de cama e toalhas de banho e rosto. O distanciamento das pessoas que são grupo de risco também é recomendado", orienta a médica do Grupo São Francisco. "A vida não será mais a mesma para todos nós, mesmo tendo sido contaminado ou não. Enquanto a vacina não chega, precisamos higienizar sempre as mãos, usar máscaras, evitar aglomerações e adotar todas as medidas necessárias durante a pandemia", completa Silvia.