Uma nova polêmica causa preocupação em São Carlos, com a presença de motoristas de aplicativos de Araraquara que estariam transportando passageiros na cidade.
O problema é que, pela lei, eles são proibidos, pois não estão cadastrados no município de acordo com a lei 18.915 de 6 de dezembro de 2018 e decreto nº 455 de 16 de outubro de 2019, no qual os profissionais necessariamente tem que estar cadastrados junto a Secretaria de Transporte e Trânsito.
Outro ponto considerado grave é que tais motoristas estão impedidos de trabalhar em Araraquara, uma vez que o município está colapsado no sistema de saúde devido a agressividade da pandemia da Covid-19. Lá foi constatada a presença da nova cepa do novo coronavírus, que dissemina mais rápido ainda a infecção.
A Amasc (Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Carlos e Região), uma das entidades que representa a categoria em São Carlos, encaminhou um comunicado ao SCA "informando a todos motoristas de aplicativos que na data de hoje, o presidente da associação esteve em reunião com o Secretário de Trânsito e Transporte, Antônio Clovis Pinto Ferraz para discutir a crise gerada em relação aos motoristas não cadastrados no município, que devido a pandemia enfrentam grande dificuldades. Ficou acordado que todo motorista pode realizar o cadastramento on-line e mesmo faltando alguns documentos será emitido um àlvara provisório com duração de 90 dias de prazo. A entidade também deixou claro que não é contra que motoristas de outros municípios trabalhem na cidade de São Carlos, pois entende que os motoristas daqui também se descolam para outras cidades.
"Sendo assim entendemos que provisoriamente durante a pandemia todos podem trabalhar tranquilos dentro da lei. A AMASC se compromete a orientar qualquer motorista que tenha dificuldade em se cadastrar", diz o trecho final do comunicado.
Já a Ubemasc, outra entidade que representa os motoristas de aplicativo, emitiu nota acolhendo os motoristas de Araraquara, dizendo que entidade “é uma família” e todos têm o direito ao trabalho, devendo seguir corretamente os protocolos de segurança. “Acreditamos que todos têm o direito de tentar levar o sustento para seus lares”.
Fonte: São Carlos Agora