Peru prende mais de 44 mil pessoas por desrespeito à quarentena

 



Mais de 44 mil pessoas estão detidas no Peru desde domingo (31) por não terem cumprido as medidas para deter a segunda onda de infecções por covid-19 no país.

As novas regras estabelecem confinamento em nove das vinte e cinco regiões do país.

O anúncio foi feito em coletiva de imprensa pelo ministro da Cultura, Alejandro Neyra, que detalhou que, nas últimas 24 horas, a polícia havia prendido 9 mil cidadãos que não cumpriram as regras, que entraram em vigor no dia 31 de janeiro.

Neyra também anunciou que foram aplicadas 21.940 multas e 6.272 pessoas foram transferidas para centros de detenção temporária.

Entre as regiões com o maior número de detidos por violar a quarentena estão Lima, o sul de Arequipa, o centro de Huánuco e o norte de Lambayeque.

Durante o primeiro mês do confinamento decretado no ano passado no Peru, mais de 55 mil pessoas foram detidas temporariamente, embora o governo já não oferecesse dados a esse respeito quando terminou a quarentena, uma das mais longas da América Latina, com três meses e meio .

Diminuição da mobilidade

O chefe da pasta da Cultura insistiu na importância de a população continuar reduzindo os deslocamentos para diminuir o risco de contágio da covid-19.

De acordo com Neyra, desde o início da quarentena a mobilidade no transporte entre as províncias caiu 62%, passando de uma média de aproximadamente 84.780 usuários diários para 31.815.

O Metrô de Lima, que tem apenas uma linha, também registrou uma redução de cerca de 40% ao reduzir o número de passageiros diários de 797 mil para 481 mil.

Primeiras vacinas a caminho

No total, o Peru acumula oficialmente mais de 1,1 milhão de casos sintomáticos confirmados, e  mais de 40 mil pessoas morreram, embora as infecções possam ser pelo menos o dobro e ultrapassar dois milhões, de acordo com registros do governo regional, que contam assintomáticos e casos suspeitos.

Nesse cenário, o país ainda espera que cheguem as primeiras 300 mil vacinas dos 38 milhões de doses que o governo peruano prometeu adquirir do laboratório chinês Sinopharm.


Fonte:R7