Em meio a um aumento de casos e internações por coronavírus (Covid-19), o governador João Doria (PSDB) voltou atrás em sua decisão e anunciou nesta quarta-feira (26) a prorrogação, até 13 de junho, da fase de transição do Plano São Paulo de combate à pandemia. Na semana passada, ele havia divulgado que esta etapa terminaria no próximo dia 31.
Então, até o dia 13, as atividades econômicas poderão funcionar até as 21 horas e com até 40% de sua capacidade máxima.
Os setores com funcionamento permitido seguem os mesmos, o que inclui comércio, academias, atividades religiosas e culturais, serviços gerais, restaurantes e similares, salão de beleza e barbearia.
Na semana passada, Doria havia anunciado que, a partir de 1º de junho, os estabelecimentos poderiam operar até 22 horas e com até 60% de ocupação. Nesta quarta, porém, ele disse que essa flexibilização só passará a vigorar em 14 de junho.
“Os indicadores da pandemia recomendam cautela neste momento, e é cautela que nós estamos adotando”, afirmou o governador em entrevista coletiva, no Palácio dos Bandeirantes.
A fase de transição entrou em vigor em 18 de abril, após uma queda, principalmente, de internações em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No entanto, os índices voltaram a subir.
O Estado tem vivenciado uma elevação no número de casos nas últimas duas semanas. Da semana passada para cá, a média móvel diária subiu de 12.573 para 13.615.
No caso das internações, houve um salto de 2.303 para 2.483 por dia. Esta é a terceira semana consecutiva com aumento. Com relação aos óbitos, São Paulo viu os números subirem pela primeira vez nas cinco últimas semanas. A média passou de 478 para 500 nesta semana.
“Avaliamos nesta semana que não seria ainda o momento de poder avançar como havia sido pensado na semana anterior. Então, hoje, temos a extensão desta fase para continuarmos caminhando dessa forma. Continuamos tendo uma circulação alta do vírus, com novos casos, então devemos manter todas as medidas de segurança”, declarou o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes.
Fonte: O LIBERAL