Menino de 7 anos, vítima de um engavetamento na SP-304, recebe alta após 47 dias internado

 



O pequeno Nicollas José Lascovich de Rezende, de 7 anos, recebeu alta no último dia 30, após permanecer 47 dias internado e passar por oito cirurgias. Ele é uma das vítimas do engavetamento que aconteceu na Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), em Americana, em julho.

Nicollas estava com a tia-avó, Sônia Pereira dos Santos, 55, que dirigia o Gol destruído no acidente, em 14 de julho. No carro também estava a avó do garoto, Dulcelina da Silva, 57. As duas ficaram internadas no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana, e já receberam alta.

Nicollas teve alta médica no último dia 30, após vários procedimentos médicos em função do acidente – Foto: Marcelo Rocha / O Liberal

Nicollas ficou internado um dia no HM e 20 dias no Hospital São Francisco, sendo 10 deles na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pediátrica. Depois, foi transferido para o Hospital Santa Tereza, em Campinas, onde permaneceu sob cuidados médicos por mais 26 dias. No período em que ficou internado ele passou por oito cirurgias.

Na data do acidente Nicollas foi submetido a uma operação de emergência por conta de uma fratura exposta. “Quando os Bombeiros o socorreram, levaram o Nicollas para o hospital municipal. Lá colocaram um fixador externo na coxa esquerda, fios de sustentação no braço esquerdo e fecharam dois cortes nas pernas”, explicou a mãe do garoto, Roselaine Maria Lascovich de Rezende.

Ela contou que Nicollas passou por mais sete procedimentos cirúrgicos. Ele foi submetido a cirurgias no braço e na perna, pois teve o fêmur exposto, e uma fratura exposta no braço.

Ele ainda passou por operações para limpar e fechar ferimentos nas pernas, que tinham 17 cm de profundidade. Além dos ferimentos e fraturas, o menino teve todas as costelas do lado direito fraturadas.

AJUDA
Ainda no Hospital São Francisco, por conta das cirurgias a que foi submetido, o garoto precisou receber bolsas de sangue. O LIBERAL noticiou a campanha que a família estava realizando sobre a necessidade das doações e o Banco de Sangue do Hospital São Francisco coletou, entre os dias 22 e 23 de julho, 100 bolsas, o limite da unidade.

“Quando recebemos a notícia [do acidente], ficamos desesperados, nenhum pai e mãe esperar passar por isso”, comentou Roselaine.

Ela disse que apesar do susto, está alegre por tê-lo de volta. “Estamos muito felizes, mas ao mesmo tempo, muito apreensivos, porque cuidar do nosso filho tornou-se um empenho gigantesco e tivemos que adaptar tudo à nossa volta, viver uma nova rotina”.

“Quero agradecer imensamente aos Bombeiros, a todos os médicos, enfermeiros e profissionais que cuidaram do meu filho. Fomos muito bem atendidos, com muito carinho, cuidado e amor. Quero agradecer também a todos que oraram por nós e ainda oram. A todos que doaram sangue e fizeram doações para o Nicollas. Agradeço a todos os profissionais, pais e alunos do Colégio Dom Pedro pelo carinho e homenagens”, disse Roselaine.

Ela finaliza dizendo que a família não recebeu nenhum contato ou ajuda por parte do motorista que teria causado o acidente. “Reforço a importância de conscientizar a população de que o carro pode ser uma arma na mão de quem não tem os devidos cuidados e atenção”.

DESPESAS

A mãe do menino conta que desde a última segunda, quando ele recebeu a alta médica, precisa tomar antibióticos, fazer curativos, fisioterapias e passar por atendimento psicológico.

“Ele ainda não pode ficar em pé, nem andar, precisa de ajuda para tudo. Estamos com muitos custos porque temos que ir para Campinas ao hospital e voltar para Americana”, comentou.

Roselaine diz que está desempregada e seu marido, Klayton Cristiano Lascovich de Rezende também, e por isso precisam de ajuda financeira para arcar com os custos da viagem e também dos medicamentos.

“Quem quiser e puder nos ajudar, ficaremos muito felizes”, disse. Os interessados em ajudar podem utilizar a ferramenta Pix, com as chaves: 19982090032 e 21900500817.


Fonte: O LIBERAL