TCU abre investigação para apurar possíveis irregularidades no Enem

 




O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu investigação para apurar possíveis irregularidades no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) após demissão em massa de servidores do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Os servidores alegaram de falta gestão e assédio moral.

A decisão do TCU foi tomada após um grupo de deputados federais terem se reunido com a ministra Ana Arraes, para pedir a saída do presidente do Inep, Danilo Dupas. O Tribubal deve analisar a solicitação dos deputados e a relatoria é do ministro Walton Alencar Rodrigues.

Os deputados também pediram auditoria permanente na autarquia ligada ao MEC (Ministério da Educação) e responsável pela aplicação de exames como o Enem e pesquisa e dados, que dão suporte a distribuição de verba para estados e municípios, por exemplo.

Um grupo de oito deputados protocolou uma ação pedindo que o MPF (Ministério Público Federal) investigue o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o presidente do Inep, Danilo Dupas, por improbidade administrativa. Os parlamentares também pedem que quaisquer "agentes públicos eventualmente envolvidos" no "controle ideológico" do Enem sejam punidos.

DPU (Defensoria Pública da União) ajuizou uma ação pedindo que o Inep comprove que a segurança do Enem está mantinda e que não há risco de fraude durante o exame uma vez que pessoas estranhos tiveram acesso ao local de montagem das provas, A DPU também pede explicações a respeito das denúncias de interferência do governo no exame e a debandada de profissionais de carreira do Inep às vésperas da realização do Enem.

Tanto o Senado como a Câmara do deputados criaram comissões especiais para acompanhar a crise no Inep, principalmente após a saída de ao menos 37 funcionários da autarquia. Os grupos de trabalho devem ouvir os funcionários para entender o que houve no Inep e se houve interferência do governo na produção das provas.

No início do semana, o presidente Jair Bolsonaro, durante a visita nos Emirados Árabes Unidos, declarou que o Enem "começa agora a ter a cara do governo". Tanto o vice-presidente Hamilton Mourão como o ministro da Educação, Milton Ribeiro, negaram qualquer tipo de interferência. Bolsonaro também negou que tenha visto a prova, mas afirmou que o Enem era "ativismo político e comportamental"


Fonte:R7