Centro de Ressocialização de Araraquara completa 20 anos

 





O Centro de Ressocialização (CR) Masculino de Araraquara completa 20 anos de atuação neste sábado (18). Em duas décadas de história, a unidade prisional mantém a proposta de humanização da pena e aposta em quatro pilares fundamentais como forma de reinserção do indivíduo preso: família, trabalho, religião e estudo. Inclusive, 14 reeducandos estão cursando ensino superior a distância.

O estabelecimento penal abriga, atualmente, 220 detentos, entre os regimes fechado e semiaberto. Deste total, 71 prestam trabalho interno (limpeza, cozinha, reparos) ou externo. Está em andamento, ainda, contratos com a Prefeitura de Araraquara e empresa parceira, para ofertar serviço a outros 115 internos.

CURSO SUPERIOR

Já no setor de educação, quase metade do efetivo carcerário (41%) estuda regularmente nos ensinos Fundamental e Médio. Desde agosto deste ano, 14 presos começaram um curso universitário de Tecnologia em Logística, na modalidade de Ensino a Distância (EaD).

Isso foi possível porque o Centro Universitário de Lins (Unilins) firmou, por meio da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap), uma parceria inédita e pioneira com o CR Masculino de Araraquara e outras 11 unidades da região de Bauru e Lins.

O estabelecimento penal oferta também diversos cursos profissionalizantes, palestras e projetos visando a reinserção social do indivíduo preso, como, por exemplo, ação de incentivo à leitura, que consiste em disponibilizar os livros nas Alas Habitacionais. Assim, o detento não precisa se dirigir à biblioteca para ler.

Entre as atividades realizadas no Centro de Ressocialização, estão também sessões de cinema, para levar entretenimento aos internos com a exibição de filmes e entrega de pipoca, uma vez por mês; eventos religiosos aos sábados e domingos; e torneios diversos entre os presos, como campeonato de xadrez.

RESGATAR VALORES

Diretor do CR Masculino de Araraquara, Otacio Manoel da Trindade Filho destaca que toda equipe da unidade busca promover a reinserção do homem preso. “Para isso, seguimos as diretrizes emanadas na Lei de Execução Penal, com objetivo de resgatar valores essenciais para a dignidade humana”, frisa.