Surto de gripe provoca falta de Tamiflu em Americana

 



O surto de gripe registrado em Americana na última semana tem coincidido com a falta do fosfato de oseltamivir, o Tamiflu, nas farmácias do município. Esse medicamento é prescrito para pacientes que apresentem SG (Síndrome Gripal) ou SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Uma servidora do HM (Hospital Municipal) Dr Waldemar Tebaldi, que pediu para não ser identificada, afirmou que esse medicamento tem sido prescrito para quem passa por atendimento, mas não pode ser retirado nas farmácias populares, fechadas por causa do recesso de final de ano, nem na rede particular, onde o Tamiflu também está em falta.

“Só liberam [o Tamiflu] para pacientes que estão internados. Deveríamos ter acesso fora do hospital, mas as farmácias da rede estão todas em recesso. Aconteceu comigo. Dia 24 estava trabalhando, fiquei muito mal de gripe, o médico passou Tamiflu, tentei na farmácia e eles se negaram a dar porque disseram que teria que estar internada”, declarou a funcionária.

Em nota, a Prefeitura de Americana afirmou que até esta quinta-feira, 13 horas, a Farmácia Central funcionou em regime de plantão. E que as atividades serão retomadas na próxima segunda-feira (3).

“O medicamento em questão tem uma baixa de estoques em todo o país, e no caso do HM não é diferente. Diante do quantitativo limitado, o hospital vem utilizando o remédio nos casos de internação e em pacientes graves”, traz trecho da nota.

A administração disse ainda que o HM aguarda o envio, por parte do Estado, de mais medicamentos. “Não cabe a qualquer administração arbitrar sobre o que um profissional de medicina pode prescrever ao seu paciente”, conclui a nota.

A reportagem do LIBERAL entrou em contato com drogarias, de diferentes redes, na manhã desta sexta-feira (31), sendo informada que o medicamento não estava disponível em nenhuma delas. Em uma das farmácias, localizada na Vila Belvedere, a última caixa do medicamento foi vendida no Natal.  

Em um outro estabelecimento, na Rua Fernando de Camargo, as duas últimas caixas foram compradas por um morador de São Paulo há alguns dias.


Fonte: O LIBERAL