Franquias aproveitam pontos nobres desocupados e aumentam faturamento durante a pandemia

 




A pandemia de Covid-19 foi responsável por aumentar a oferta de pontos comerciais no Brasil, e as franquias souberam aproveitar essa fase.

Quando corporações reduziram seus escritórios, apostando no home office, e lojas quebraram por não resistirem à falta de clientes, deixaram desocupados endereços antes inviáveis para pequenas e médias empresas. 

"Muitas redes aproveitaram bons pontos em shoppings e ruas de grande movimento para retomar sua expansão", diz o presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising), André Friedheim.

As mudanças para espaços melhores e mais atrativos explicam em parte o crescimento do setor de franquias durante a pandemia e a esperança de que os números sejam ainda melhores em 2022.

Além de notar o aumento de vagas em pontos disputados, como nos shoppings e em outros centros comerciais, a ABF observou que os custos de aluguel ficaram mais acessíveis.

A entidade diz que em 2021 foram abertas 170.999 lojas, 9,1% mais unidades do que em 2020 e 6,2% a mais em comparação com 2019.

Segundo Friedheim, as franquias também se adaptaram ao crescimento do ecommerce e passaram a utilizar as lojas de outra maneira, usando o ponto físico como uma base para vendas online. 

O presidente da ABF explica que, além da possibilidade de ter lojas maiores e mais bem localizadas, outros fenômenos negativos da economia brasileira estimularam a entrada de novos franqueados. Ele cita a lenta recuperação do mercado de trabalho e os juros, que atravessaram longos períodos em níveis baixos, o que facilitou a busca de crédito.

Friedheim acredita que no fim de 2022 teremos um retrato mais claro do que essa migração para locais mais nobres representou a mais nas receitas das empresas. 

"O impacto maior será neste ano, visto que as unidades mais recentes demandam alguns meses para atingir seu potencial."

De acordo com o balanço anual da ABF, o faturamento das franquias no Brasil passou de R$ 167,187 bilhões em 2020 para R$ 185,068 bilhões em 2021 – ou seja, houve um aumento nominal de 10,7% no último ano.

Segmentos como saúde, beleza e bem-estar, serviços, casa e construção, limpeza e conservação foram os que mais se destacaram em 2021.

Fonte:R7