Polícia Civil de Ribeirão Preto realiza operação GAME OVER 2 para combater 25 casas de jogos de azar

 



A Polícia Civil, durante investigação desenvolvida pelo Centro de Inteligência de Ribeirão Preto, deflagrou a operação GAME OVER 2 nesta quarta-feira, com o objetivo de cumprir nove mandados de busca e apreensão, cujas diligências estão sendo realizadas nas cidades de Ribeirão Preto e São Paulo em casas e apartamentos de alto padrão, localizados em áreas nobres, visando a apreensão de objetos e bens relacionados com três grupos criminosos voltados para a exploração de jogos de azar e a lavagem de dinheiro dos valores auferidos.

Polícia Civil de Ribeirão Preto-SP fecha bingo clandestino na cidade | Foto: Divulgação/ Polícia Civil

A operação foi desencadeada pela Delegacia Seccional de Ribeirão Preto e contou com apoio operacional de equipes da CPJ Integrada, Jardinópolis, DEIC e DOPE (capital), somando 50 policiais civis e 12 viaturas. 

Resumo das investigações:

Após as investigações foi possível identificar três grupos criminosos distintos que entre os anos de 2016 e 2019 exploraram grandes casas de jogos de azar na cidade de Ribeirão Preto. 

No decorrer das investigações, inúmeras casa de jogos de azar ilegais pertencentes aos grupos foram fechadas (foram mais de 25 casas de jogos ilegais fechadas pela polícia), inclusive verificou-se que um dos grupos manteve o funcionamento de uma casa de jogos em pleno período de restrição e afastamento social decorrente do COVID-19.

Para a exploração dos jogos de azar parte dos criminosos se valiam de ONGs para obter autorizações judiciais para realização de “bingos beneficentes”, dissimulando assim exploração dos jogos de azar e videobingo, dificultando a atuação policial e arrecadando vultosas quantias.

Polícia Civil de Ribeirão Preto-SP fecha bingo clandestino na cidade | Foto: Divulgação/ Polícia Civil

O escopo principal da investigação foi identificar a lavagem de dinheiro praticada pelos grupos, em formato de organização criminosa. Eles se valiam de artifícios para distanciar o dinheiro auferido ilegalmente da origem criminosa, lavando dinheiro através do sistema financeiro e o uso de empresas, algumas de fachada (não existentes de fato) e outras até existentes de fato, para dar aparência de licitude aos valores e reintegrarem os mesmos como se fossem lícitos para o uso próprio numa rotina social de luxo.

Os integrantes dos três grupos foram identificados, tratando-se de um total de 19 pessoas, sendo oito pessoas jurídicas e onze pessoas físicas. Foi decretado o bloqueio de bens dos investigados, perfazendo um montante decorrente da lavagem de dinheiro de R$ 97.264.762,87 (noventa e sete milhões, duzentos e sessenta e quatro mil, setecentos e sessenta e dois reais e oitenta e sete centavos).