Putin diz que fim da neutralidade finlandesa será um erro

 




O fim da neutralidade militar da Finlândia seria um "erro", afirmou neste sábado (14) o presidente russo Vladimir Putin, em uma conversa por telefone com o colega finlandês Sauli Niinistö, informa um comunicado divulgado pelo Kremlin.

"Vladimir Putin destacou que o fim da política tradicional de neutralidade militar seria um erro, pois não há nenhuma ameaça para a segurança da Finlândia", afirma o comunicado.

A candidatura de adesão da Finlândia à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que desagrada Moscou, deve ser oficializada no domingo.

Na quinta-feira (12), o presidente e a primeira-ministra da Finlândia se declararam favoráveis a uma adesão "sem demora" à Otan. A candidatura finlandesa é uma consequência direta da guerra na Ucrânia, e provavelmente haverá uma demanda similar da Suécia, aguardada para os próximos dias.


Os dois líderes finlandeses pretendem conceder uma entrevista coletiva no domingo (15) sobre "decisões que envolvem a política em termos de segurança da Finlândia", no que será o momento de oficializar o pedido.

ARTE/R7

Atualmente, 76% dos 5,5 milhões de finlandeses se declaram favoráveis à adesão, de acordo com uma pesquisa publicada na segunda-feira (9). Antes da guerra na Ucrânia, o apoio era de 25%.

A posição estabelece a tendência do país, que divide fronteira de mais 1.300 km com a Rússia, com a qual tem um passado de guerras.

Submetida a uma neutralidade forçada por Moscou durante a Guerra Fria, a Finlândia aderiu à União Europeia e à Parceria para a Paz da Otan após o fim da União Soviética, mas não é membro da Aliança.

A Finlândia foi uma província russa (1809-1917) e também foi invadida pela União Soviética em 1939.A Rússia reagiu imediatamente à notícia e considerou que, "sem dúvida", será uma ameaça para o país, nas palavras do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. "A ampliação da Otan e a aproximação da Aliança de nossas fronteiras não tornam o mundo nem o nosso continente mais estáveis e seguros", disse Peskov à imprensa.


Fonte>R7