Após o Corpo de Bombeiros ter afirmado que o fogo que atingiu prédios no centro de São Paulo, na região da 25 de Março, está extinto, a Prefeitura de São Paulo quer urgência para que a demolição do imóvel seja autorizada. Apesar do encerramento do combate às chamas, o risco de desabamento permanece.
A administração municipal afirmou, por meio de nota, que a Procuradoria Geral do Município (PGM) recebe "elementos técnicos necessários" para que um pedido seja autorizado no poder judiciário com a autorização para a demolição do prédio localizado na rua Comendador Abdo Schahin, número 78, região central da cidade. "Isso está sendo feito com a urgência que o caso requer", informou a prefeitura.
A decisão de pedir a demolição na Justiça foi tomada pelo prefeito Ricardo Nunes após a conclusão de um laudo técnico emitido pelo engenheiro da Subprefeitura da Sé, Álvaro de Godoy Filho, que constatou o comprometimento das estruturas de sustentação por conta do incêndiom, que começou no domingo (10).
Durante a vistoria realizada na terça-feira (12), o engenheiro identificou risco às estruturas e, por medida de segurança, nove (9) edifícios foram interditados de maneira parcial ou total, conforme o risco que apresentam. Os imóveis não são residenciais e não há desabrigados.
Depois de quatro dias de trabalho, o fogo foi extinto na tarde desta quarta-feira (13) no prédio de dez andares localizado na rua Comendador Abdo Schahin, na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo. O imóvel, no entanto, está com a estrutura condenada e pode desabar a qualquer momento, especialmente agora que começará a esfriar. A prefeitura tenta conseguir a permissão judicial para a demolição do prédio o mais rápido possível.
"Risco muito grande de vir a colapsar. O incêndio atinge do 1º andar para cima e está mais forte no 5º andar, bem no meio do prédio. Pode acontecer como com as Torres Gêmeas", alertou o engenheiro da Prefeitura de São Paulo Álvaro de Godoy Filho. "No resfriamento, ele tende a colapsar mais rápido porque tenta voltar à condição anterior e não consegue."
Com a eventual implosão do edifício, a expectativa é garantir a segurança da população ao redor e acelerar a volta das atividades comerciais na rua 25 de Março, que fica próxima do edifício e teve suas atividades paralisadas por causa do incêndio.
Outros oito edifícios foram interditados total ou parcialmente pela prefeitura devido à possibilidade de queda do prédio, que foi o foco inicial do incêndio. Três deles estão na rua Cavalheiro Basílio Jafet, dois na rua Barão de Duprat, dois na rua 25 de Março e outro na mesma rua do imóvel com maior risco de queda.