Líder religioso é preso acusado de abuso sexual contra 8 mulheres em Hortolândia

 



Um homem de 36 anos foi preso neste sábado (18) em Hortolândia após ter a prisão preventiva decretada por suspeita de abuso sexual contra pelo menos oito mulheres. O crime que, segundo as vítimas, foi praticado durante rituais religiosos.

O suspeito, identificado como Eduardo Santana, era conhecido como Pai Du e atraía as vítimas para uma cachoeira, um riacho e no local onde ele praticava a função de líder religioso. Ele também é investigado por injúria racial.

Eduardo Santana foi detido no Jardim Terras de Santo Antônio – Foto: Reprodução / Instagram

Conforme a SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) informou ao LIBERAL, o homem foi detido às 16h30 no bairro Jardim Terras de Santo Antônio, em Hortolândia. A Polícia Civil cumpriu mandado de prisão que havia sido expedido contra ele pela 2ª Vara Criminal da cidade.

Em entrevista à EPTV, o delegado José Regino, titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Hortolândia, detalhou que, usando a justificativa de um ritual religioso, o criminoso combinava um horário com as vítimas por volta da meia-noite em um riacho ou cachoeira.

Ele rasgava as roupas delas, fazia com que se lavassem por bastante tempo na água e passava as mãos em suas partes íntimas. Ele alegava que toda a prática acontecia por causa do ritual religioso. Uma das mulheres contou à polícia que chegou a ter relações sexuais com ele.

Ainda de acordo com a entrevista do delegado à emissora, as vítimas eram oito mulheres e um homem, este último contra quem o suspeito teria cometido injúria racial e homofobia. Aos policiais, o suspeito disse responder por um assédio em Americana, mas alegou desconhecer as outras acusações.

O delegado revelou que, em algumas ocasiões, os falsos rituais tinham a participação de outras três pessoas, e a Polícia Civil investiga as qualificações dos outros suspeitos. Algumas das vítimas mostraram conversas por WhatsApp à polícia, demonstrando que ele as assediava com frequência e insistia para manter relações.

A investigação durou cerca de 15 dias e os relatos das vítimas, conforme Regino disse à emissora, foram unânime em relação à prática criminosa. A reportagem não conseguiu contato com o delegado neste domingo.

O homem foi levado ao plantão policial de Hortolândia, onde foi preso e ficou à disposição da Justiça. Ele é investigado por violação sexual mediante fraude e injúria racial, segundo a SSP.

Fonte:R7