Os juros do cartão de crédito rotativo atingiram 430,5% ao ano. Esse é o maior nível desde março de 2017, quando a taxa cobrada era de 490%.
Com o nível atual, um consumidor que cair no rotativo com uma dívida no valor de R$ 1.000 terá que desembolsar R$ 4.305 para quitar o saldo devedor com a instituição financeira após um ano.
De janeiro para março de 2023, a modalidade teve aumento de 18,6 pontos percentuais (p.p.). Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 71,4 p.p.
Já as taxas cobradas no cheque especial estão em 129,1% ao ano. Assim, houve recuo no primeiro trimestre de 2023. No total, a queda foi de 3 p.p.
Ou seja, se um trabalhador pegar R$ 1.000 no cheque especial, a dívida será de R$ 1.291 após um ano.
Em fevereiro, o nível médio era de 134,2%. Porém, nos últimos 12 meses, os juros da modalidade tiveram aumento de 1,3 p.p.
O rotativo do cartão e o cheque especial são as modalidades de crédito mais acessíveis em momentos de dificuldade, porque não exigem garantias do consumidor.
Por causa disso, porém, são mais caras do mercado e devem ser usadas com cautela para não levar ao superendividamento.
Já a média dos juros do empréstimo consignado está em 26,4% ao ano. Assim, está acima do teto estabelecido pelo governo federal, de 23,6% ao ano (1,97% ao mês).
A taxa foi decidida após impasse dentro da gestão do presidente Lula da Silva. Segundo ele, a primeira medida, tomada por Carlos Lupi, o ministro da Previdência Social, de baixar a cobrança máxima da modalidade para 1,7% foi um "erro".
Porém, imediatamente após a decisão pelos 1,97%, apenas três bancos voltaram a oferecer o consignado aos aposentados.