Industriais brasileiros buscam negócios com os países do Brics

 




Cerca de 30 empresários brasileiros participam do Cebrics (Conselho Empresarial dos Brics) em Johanesburgo, até 23 de agosto. O objetivo é fortalecer os laços econômicos e comerciais e ampliar os investimentos entre as comunidades do bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

A comitiva é liderada pelo presidente-eleito da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, que assume o cargo em outubro, mas já está realizando duas grandes missões empresariais no exterior: a Cúpula dos Brics e a reunião dos empresários do B20, em Nova Dehli.

A CNI exerce há 10 anos a secretaria executiva do Cebrics e trabalha junto com grandes empresas como Embraer, WEG, Vale, BRF e Banco do Brasil, coordenando a atuação dos 91 membros brasileiros inscritos nos grupos temáticos de trabalho para a construção de posicionamentos do setor privado para os governos.

Alban destaca que a importância do diálogo e da interação com os Brics é fundamental. Ele avalia que o bloco concentra 42% da população mundial, com 3,2 bilhões de habitantes, e representa 25% do PIB mundial (US$ 25,8 trilhões). “Os investimentos diretos estrangeiros nesses países quadruplicaram na última década. São argumentos que por si só que já justificam esse olhar mais atento ao bloco”, afirma. 

“Os países dos Brics possuem abundantes recursos naturais, com grandes reservas de petróleo, gás natural, minério de ferro, ouro, água e milhões de hectares cultiváveis com soja, milho e trigo, e produção animal, sobretudo no Brasil. Nosso principal parceiro é a China. Estamos de olho na Índia, que traz novos encadeamentos globais. Ainda temos as oportunidades na Rússia e na África do Sul”, diz Alban.


Para o futuro presidente da CNI, o Brasil reúne grandes condições para atrair cada vez mais investimentos internacionais. “É preciso traçar estratégias, construir planos de ação e garantir mais entregas. Só assim teremos mais oportunidades no mercado internacional e ainda mitigaremos os grandes entraves para as empresas brasileiras.”

O Cebrics possui 25 empresas, cinco de cada país. No encontro, a CNI vai defender uma nova estratégia para desenvolver a indústria brasileira, com propostas aderentes às áreas de atuação do banco, como descarbonização industrial; energia limpa e eficiência energética; infraestrutura de transporte; e infraestrutura digital.

FONTE:R7