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As mortes por afogamento têm se acumulado no estado de São Paulo e cresceram quase 40% nos primeiros sete meses deste ano, em comparação com 2022. Nas últimas semanas, por exemplo, casos como o da jovem que morreu após o carro em que estava cair dentro da piscina, ou do turista que ficou três dias desaparecido e depois foi encontrado morto, boiando em uma praia no Guarujá, causaram comoção. Relembre situações de afogamento e saiba como se proteger
Arte/R7
A jovem Isabella Natália Oliveira, de 22 anos, morreu afogada após o carro em que estava cair na piscina de um sobrado, em Guarujá, no litoral paulista. Havia outras duas pessoas no banco da frente do veículo, que conseguiram sair, mas Isabella não conseguiu abrir as portas de trás do veículo. A pressão da água, segundo Norival Gonçalves, ex-coronel do Corpo de Bombeiros, dificultou a saída da passageira. Nesses casos, o especialista diz que a única coisa a se fazer é tentar tirar a pessoa pela janela. "Se tentar abrir a porta, a velocidade da água vai segurar a pessoa lá dentro", explica. Caso o carro esteja flutuando na água, é preciso amarrá-lo com com alguma corda, para não correr o risco de afundar, até a chegada do Corpo de Bombeiros
Reprodução/Facebook
Dois turistas desapareceram no último domingo (17) depois de terem entrado no mar, em Guarujá. Um deles foi resgatado com vida. Já o outro, Nicolas Rocha de Araújo, de 18 anos, foi encontrado morto, boiando na Prainha Branca. Ele foi arrastado por uma corrente de retorno – quando o fluxo de água retorna da costa para o mar. A dica do capitão André Elias, porta-voz dos bombeiros, é "jamais desobedecer à sinalização de perigo no mar", não nadar contra a correnteza para poupar o fôlego e evitar a fadiga. "Sinalize pedido de ajuda com os braços e procure boiar", aconselha
Reprodução/PREFEITURA DE GUARUJÁ/Redes sociais
A morte de uma menina de apenas 7 anos, que se afogou em um parque aquático na Grande São Paulo, em outubro do ano passado, chama atenção para o risco de crianças frequentarem espaços com piscinas, praias e lagos. Emanuele dos Santos estava em uma excursão com a escola ao parque Thermas da Mata. A mãe acompanhou a garota, mas, durante as brincadeiras, a menina se afogou. Segundo a médica Luci Yara Pfeiffer, presidente do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, as causas de mortes por afogamento são "evitáveis" e são necessários cuidados básicos. "Um deles é que crianças com idade até 10 anos precisam de um acompanhante próximo, na distância de até um braço", comenta. O uso de boias também pode ajudar, mas, o ideal, segundo a especialista, é que as crianças permaneçam onde consigam firmar os pés no fundo com segurança.
Reprodução/Record TV
O cuidado com as crianças deve ser minucioso. Uma menina de 12 anos desapareceu na última terça-feira (19) após ter ido nadar em uma lagoa em frente ao cemitério de Guarulhos, na Grande São Paulo, e foi encontrada morta na quarta-feira (20). As informações iniciais são de que a criança estava sozinha. Nos primeiros sete meses do ano, o Estado de São Paulo teve 40 mortes por afogamento. No ano passado, tinham sido 29, até julho
Reprodução/Google Street View
Em agosto de 2023, um homem de 43 anos se afogou e morreu após pular no mar para ganhar uma aposta de R$ 50, também em Guarujá. Sérgio Pereira estava em uma barca e, quando pulou, bateu os braços por um tempo para nadar até o local estipulado no desafio, mas, em determinado momento, perdeu o fôlego. Em entrevista à Record TV, a família alega que o homem sabia nadar, pede investigações mais minuciosas e não acreditam que a vítima tenha se jogado apenas para ganhar uma aposta
Reprodução/Record TV
Em 26 de agosto deste ano, um instrutor de remo da USP (Universidade de São Paulo) morreu afogado após perder o controle da lancha em que estava e bater contra um barranco na raia olímpica da faculdade. A vítima foi vista se debatendo na água e chegou a ser resgatada inconsciente por equipes que estavam no local, mas não resistiu. Ainda segundo o capitão André Elias, nesses casos, o ideal é tentar nadar no mesmo sentido da correnteza da água e avançar lentamente até as laterais
Reprodução/Record TV
Os acidentes envolvendo água não se limitam ao mar, lagoas ou piscina. Até mesmo a chuva intensa pode ser um risco. Em março desse ano, um zelador se arriscou ao pular em uma enchente, na região de Moema, área nobre da zona sul de São Paulo, para salvar um motorista, que estava preso dentro de um carro. Adelmo Marinho atravessou a rua a nado e ainda percorreu mais um trecho até chegar ao local onde o homem estava preso, no subsolo de um edifício, que tinha sido tomado pela água. "Eu só o vi dentro da garagem do subsolo com o pescoço de fora. Fui desesperado ajudar", afirmou o homem. Nesses casos, segundo especialistas, o melhor a se fazer é tentar arrumar uma corda e jogar para a pessoa em risco segurar
Arquivo pessoal
Naide Pereira Capelano, de 88 anos, infelizmente não conseguiu ser salva e morreu dentro do seu carro após enchente, também em Moema. A idosa havia saído de casa para buscar remédio para a sobrinha, que é PCD (Pessoa com Deficiência Física). Durante o trajeto, a vítima foi surpreendida pelo alto volume de água, na região da rua Gaivota, e não conseguiu sair do veículo
Reprodução
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