Inflação fecha 2023 em 4,62%, abaixo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central

 



inflação no Brasil encerrou 2023 em 4,62%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O valor é 0,13 pontos percentuais abaixo do teto da meta, que era de 4,75%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A meta entre 1,75% e 4,75% foi estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CVM), em dezembro passado. Ao longo de 2023, não foram observadas oscilações constantes no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em nenhum dos meses o índice chegou a 1%. Apenas no mês de junho ocorreu deflação (-0,08%).

IPCA mensal 2023

- Janeiro - 0,53%
- Fevereiro - 0,84%
- Março - 0,71%
- Abril - 0,61%
- Maio - 0,23%
- Junho - 0,08%
- Julho - 0,12%
- Agosto - 0,23%
- Setembro - 0,26%
- Outubro - 0,24%
- Novembro - 0,28%
- Dezembro - 0,56%

A inflação oficial de preços do Brasil terminou 2022 com alta de 5,79% e furou pelo segundo ano consecutivo o teto da meta de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 2% a 5%). De acordo com o IBGE, o desempenho foi influenciado pelo aumento de preço dos alimentos, das roupas e dos itens de saúde e cuidados pessoais. 

Na comparação com os últimos nove anos, as maiores altas foram em 2015, quando tivemos inflação de 10,67%, e em 2021, quando o índice alcançou 10,06%. 

O IPCA de dezembro foi de 0,56%, segundo o IBGE. O número é 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,28%). Em dezembro de 2022, a variação havia sido de 0,62%.

Os vilões

Segundo o IBGE, o resultado de 2023 foi puxado principalmente pelo grupo Transportes, que teve alta de 7,14% - maior impacto, com 1,26 pontos percentuais no acumulado do ano. Em seguida, aparecem Saúde e cuidados pessoais (6,58%, com impacto de 0,86 p.p.) e Habitação (5,06%, com impacto de 0,77 p.p.). Grupo de maior peso no IPCA, Alimentação e bebidas cresceu 1,03% no ano.

Em Transportes, com alta de 12,09%, o subitem gasolina foi o de maior peso entre os 377 subitens que compõem o IPCA. O impacto corresponde a 0,56 p.p. Emplacamento em licença teve alta de 21,22% (0,53 p.p.), enquanto passagens aéreas subiram 47,24% (0,32 p.p.).

    O IBGE informou que os preços dos automóveis novos tiveram alta de 2,37%, em um ritmo menor do que em 2022, quando o crescimento foi de 8,19%. Em 2023, os automóveis usados tiveram recuo em relação ao ano anterior: -4,80%.

    Fonte:R7