As empresas do principal investigado pela PF (Polícia Federal) por um suposto esquema de lavagem de dinheiro, teriam movimentado cerca de R$ 15 bilhões entre 2019 e 2023 (veja imagens abaixo). A corporação apura se o grupo teria utilizado moedas digitais e utilizavam casas de apostas estrangeiras para transferir as quantias para o exterior. Os agentes fizeram buscas em cinco endereços ligados aos investigados nessa quarta-feira (7). Além disso, a justiça também autorizou o bloqueio de bens e valores em contas bancárias, que podem chegar a R$ 650 milhões.
Segundo a PF, os investigados atuavam na intermediação de pagamentos vinculados a casas de apostas e plataformas de investimento. "As remessas de dinheiro ao exterior se davam, em sua maior parcela, de maneira informal ou irregular, via dólar-cabo ou mercado de criptoativos. O grupo mantinha um fundo estrangeiro responsável pela compensação remota de pagamentos no exterior", explica a corporação por meio de nota.
As buscas aconteceram em Curitiba (PR), Campinas (SP) e São Paulo (SP). As medidas foram expedidas pela 22ª Vara da Justiça Federal em Porto Alegre. "[A operação] têm como foco pessoas que auxiliavam nas rotinas financeiras das operações, notadamente por fraudes cambiais", ressaltou.
Para os investigadores, o grupo teria criado processos de envio "informal de dinheiro ao exterior e de lavagem de dinheiro". O principal alvo mora em Montevidéu, capital do Uruguai, e o suposto esquema contaria com pessoas no Brasil, na Argentina e na Espanha. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
Além disso, as empresas que não tinham uma ligação direta com a organização eram utilizadas na movimentação dos valores, para burlar os sistemas de controle de bancos e instituições financeiras. Os investigadores suspeitam que essa parte do esquema servia para a lavagem dos valores.
Fonte:R7