Em um gesto de amor ao próximo, familiares de Alcione Cristina Mattos, 45, decidiram pela doação de órgãos. Ela morreu na noite da última sexta-feira (2) após ficar internada na Santa Casa depois que foi atropelada por uma moto no residencial Eduardo Abdelnur, no dia 28 de janeiro. O condutor do veículo estava embriagado.
A captação do fígado foi realizada por uma equipe especializada de São Paulo e os rinsforam captados por profissionais de Ribeirão Preto.
O procedimento contou ainda com o apoio da Comissão Interna Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes(CIHDOTT) da Santa Casa de São Carlos. Aenfermeira da CIHDOTT, Rosângela Souza, explicou como funciona o processo desde a autorização da doação até a captação.
“Necessitamos diagnosticar a morte encefálicapara poder fazer a doação múltiplas de órgãos. Após informar a família deste diagnóstico, discute-se a doação, e uma vez aceita, começao processo de contato com a Organizações de Procura de Órgão (OPOs) de Ribeirão Preto, que é a nossa referência. Há todo um procedimento de coleta de exames e decidirquais órgãos que podem ser doados de acordocom o quadro clínico da paciente. Após essadecisão, inicia-se a organização para agendar a cirurgia, isso ocorre em até 6 horas, do agendamento até a remoção dos órgãos”, disse.
Ainda segundo a enfermeira, as pessoasdeveriam conversar mais com suas famílias e manifestarem para elas o desejo de ser doador, muitas outras vidas poderiam ser salvas se aumentarmos o número de doações. “É o relato dos próprios pacientes que recebem osórgãos, eles renascem, revivem novamente. Então, é uma oportunidade da vida continuarpara outras pessoas. É preciso que você falepara sua família em vida e que avise que querser um doador. Porque quem vai autorizar sãoos familiares”, complementou.
Fonte: São Carlos Agora