CET confirma que radares onde ocorreu acidente com carro de luxo em SP estavam desativados

 



A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) confirmou na manhã desta segunda-feira (8), que os radares de velocidade da região em que um Porsche colidiu em alta velocidade com um Renault Sandero em 31 de março, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, zona leste da capital paulista, estavam desativados.

A suspeita da Polícia Civil é o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, estava embriagado e conduzia o veículo em alta velocidade no momento do acidente que matou o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. As investigações continuam em andamento.

“A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito e da Companhia de Engenharia de Tráfego, esclarece que os equipamentos da via estão passando por atualização tecnológica, em atendimento à Resolução 798 do Contran. A previsão é de que os equipamentos sejam restabelecidos até o final do mês”, informa o órgão municipal.

outro passageiro do carro de luxo

Também hoje os advogados de defesa de Marcus Vinicius, passageiros que estava com Fernando Sastre no carro de luxo, e a namorada dele, Juliana, divulgaram uma nota à imprensa. No comunicado, eles informaram que o jovem segue internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e terá de passar por uma cirurgia devido a um derrame pleural bilateral com permanência de dreno em ambos os lados, complicações causadas pelo trauma. 

Em relação à Juliana, o representante afirmou que ela já prestou depoimento na delegacia e aguarda novas solicitações do delegado responsável pelo caso. 

Pedido de prisão de Fernando Sastre

No fim de semana, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do motorista do carro de luxo. Os argumentos para isso são de que o empresário tem alto poder aquisitivo e, por isso, pode fugir para outro País durante as investigações. A decisão da Justiça é esperada para hoje.

Em paralelo, seguem as investigações sobre o caso no 30° Distrito Policial (Tatuapé). O inquérito deve durar no mínimo 30 dias, contando pela data do acidente. Apesar dos avanços, há ainda testemunhas centrais para serem envolvidas, como a namorada de Andrade Filho, que esteve com ele em uma festa momentos antes do ocorrido. Ela deve prestar depoimento nesta semana.

No registro da ocorrência, policiais que atenderam o caso afirmam que a mãe de Fernando Satra, Daniela Cristina Medeiros Andrade, compareceu ao local e disse que levaria o filho a um hospital, na zona sul da cidade, para tratar de um ferimento na boca.

Quando os agentes foram ao local indicado por Daniela para fazer o teste do bafômetro e colher sua versão do acidente, não encontraram nenhum dos dois.

Sobre essa liberação dada por agentes da polícia a Secretaria de Segurança Pública de SP informou que "a Polícia Militar instaurou uma sindicância para apurar a conduta dos agentes que atenderam a ocorrência. Depoimentos já foram colhidos e imagens estão sendo analisadas. Comprovado o descumprimento dos procedimentos operacionais, os policiais serão responsabilizados."

Fonte>R7