Um homem foi preso pela Polícia Militar na madrugada deste domingo (17) acusado de estuprar sua ex-namorada, uma jovem de 18 anos, em Ribeirão Bonito. Segundo o delegado Maurício Dotta e Silva, que respondia pelo plantão policial, o suspeito teria interceptado a vítima no trajeto entre um evento e sua residência e a forçado a entrar em sua casa, onde cometeu o crime.
“Há elementos claros de materialidade e de abuso. A moça está toda marcada, com mordidas nas costas, no pescoço e no seio. Ela relata que vinha de um baile com amigos e, numa caminhada até sua casa, foi surpreendida e arrastada por ele”, explicou o delegado.
A versão do acusado é diferente. “Ele alegou que estava em casa, que ela teria batido na janela e que eles teriam se encontrado consensualmente. Mas essa narrativa é contestada pela vítima e pelas evidências físicas dos ferimentos”, destacou o delegado Dotta.
A família da jovem também foi ouvida na delegacia. O pai, um caminhoneiro de 57 anos, confirmou que o relacionamento entre os dois já havia sido rompido e que ele havia proibido a filha de vê-lo. “Já tinha percebido que aquilo não ia dar certo. Ela chegou em casa toda marcada, com a roupa trocada. Ele rasgou a roupa dela e deu outra pra ela vestir”, relatou o pai.
A vítima foi encaminhada ao Pronto-Socorro local logo após o atendimento da Polícia Militar, tendo recebido medicação preventiva para doenças sexualmente transmissíveis. Posteriormente, foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) em São Carlos para a realização de exames periciais.
Além do estupro, o suspeito – que já cumpriu pena por tráfico de drogas – teria um mandado de prisão em aberto em Minas Gerais pelo mesmo crime, segundo informações preliminares. “Vamos comunicar o juízo competente. Ele será encaminhado à audiência de custódia por esse novo delito, que é muito grave”, afirmou o delegado.
Se a prisão em flagrante for convertida em preventiva, o homem poderá ser transferido para um presídio da região, como Serra Azul, onde aguardará decisão judicial. “A palavra da vítima tem muito valor em casos como esse, especialmente quando corroborada por marcas evidentes de violência”, concluiu o delegado.
Fonte: São Carlos Agora
